Terceira Seção homenageia ministra Laurita Vaz
A ministra Laurita Vaz, que se aposenta na próxima quinta-feira (19), participou, nesta terça (17), de sua última sessão de julgamento na Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A despedida foi marcada por homenagens prestadas por seus pares e por representantes de outras instituições do sistema de Justiça.
O ministro Sebastião Reis Junior, em nome do colegiado, exaltou o conhecimento jurÃdico da colega, sua sensibilidade e sua humanidade diante das adversidades inerentes à atividade de julgar.
Em alusão ao famoso personagem de fábulas infantis, Sebastião Reis Junior disse que Laurita Vaz é um exemplo a ser seguido: "A ministra é nosso 'grilo falante', que sempre nos chama a atenção para a necessidade de seguirmos nossa jurisprudência, de debatermos com urbanidade, e, principalmente, de chegarmos a uma decisão justa e apropriada".
O presidente da Terceira Seção, ministro Ribeiro Dantas, homenageou a ministra com a leitura de um poema de sua conterrânea Cora Coralina, Ofertas de Aninha (aos moços).
Um caminho aberto para as mulheres
Falando em nome da advocacia, o defensor público Rafael Rafaelli agradeceu à ministra pelo seu compromisso com as pessoas em situação de vulnerabilidade assistidas pela Defensoria Pública. "Muito se fala e muito ainda se falará sobre o legado deixado pela ministra Laurita nos 22 anos de jurisdição nesta corte superior", afirmou.
A subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Frischeisen disse que a trajetória da ministra representou a abertura de um caminho profissional viável para mulheres que atuam no Ministério Público. "Sua presença no mais alto grau do MP foi muito importante para dar representatividade à s mulheres integrantes da carreira e demonstrar que é possÃvel chegar a patamares mais altos", declarou.
Gratidão pelo conhecimento compartilhado
Ao relembrar o caminho profissional trilhado no STJ, Laurita Vaz expressou gratidão pelo conhecimento partilhado entre os membros da Terceira Seção e declarou sentir-se honrada por ter feito parte de um órgão destinado a proteger bens jurÃdicos tão relevantes para a sociedade.
A ministra apontou, ainda, a importância do papel desempenhado pela corte na construção do que chamou de democracia fraterna: "Falo em fraternidade porque sei bem, do cotidiano dos processos, que é através da justiça que o mais esquecido dos indivÃduos tem a sua dignidade restituÃda".
Ela agradeceu o apoio de servidores, colaboradores, estagiários e familiares, sem o qual "não haveria meios de me dedicar a uma carreira jurÃdica tão exaustiva e ainda tão restritiva para mulheres que desejam ascender a cargos mais elevados".
Veja\r\nas fotos da homenagem na Terceira Seção.