Espaço Cultural lança coletâneas sobre o tribunal do júri e a experiência dos juízes criminais

Espaço Cultural lança coletâneas sobre o tribunal do júri e a experiência dos juízes criminais

O Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça (STJ) promoveu, nessa quarta-feira (5), o lançamento de dois livros voltados para a área do direito penal. A primeira obra, Justiça Criminal na Ótica dos Juízes Brasileiros, foi coordenada pelo ministro Rogerio Schietti Cruz, por Américo Bedê Júnior e Guilherme Dezem. A segunda coletânea, Estudos em Homenagem aos 200 Anos do Tribunal do Júri no Brasil, contou com a coordenação de Rodrigo Faucz e Daniel Surdi, com prefácio do ministro Schietti e artigo da presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura.​​​​​​​​​

A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, entre os ministros Dias Toffoli e Rogerio Schietti, durante o evento no Espaço Cultural. | Foto: Lucas Pricken / STJ
"É preciso que as instituições, destacadamente o tribunal do júri, se aperfeiçoem, de modo a corroborar, de um lado, os avanços civilizatórios que asseguram a todo acusado um processo justo e devido e, de outro lado, a legítima expectativa da população de que os julgamentos dos crimes mais graves a afligi-la sejam levados a termo de maneira mais transparente e célere", destacou o ministro na apresentação da obra.

Ao celebrar os 200 anos do tribunal do júri no Brasil, a obra coletiva prefaciada por Schietti expõe textos de renomados juristas e pesquisadores do processo penal. Um dos artigos que compõem o livro, "Por que o tribunal do júri demora?", é de autoria da ministra Maria Thereza de Assis Moura e do juiz federal Daniel Marchionatti, secretário-geral do Conselho da Justiça Federal.​​​​​​​​​

O ministro Rogerio Schietti, ao centro, coordenou a obra Justiça Criminal na Ótica dos Juízes Brasileiros em parceria com Américo Bedê Júnior e Guilherme Dezem. | Foto: Emerson Leal / STJ
Para um dos coordenadores, o professor Rodrigo Faucz, o trabalho faz uma análise aprimorada do conselho de ##sentença##, que, segundo ele, representa a democracia popular. "A ideia foi desenvolver uma coletânea de reflexões sobre a sua importância, para que a gente possa repensar a sua organização", disse. O juiz presidente do tribunal do júri de Curitiba, Daniel Surdi, outro coordenador do trabalho, complementou: "O livro busca trazer a origem desse órgão jurídico, a partir das reformas legislativas, com o aperfeiçoamento da jurisprudência advinda desta corte superior".

Teoria e experiência prática

Na coletânea Justiça Criminal na Ótica dos Juízes Brasileiros, juízes federais e estaduais, de diversas localidades do país, reuniram-se em torno de um único objetivo: expressar a forma como veem o sistema de Justiça criminal. O livro aborda temas atuais e busca unir o rigor científico com a vivência profissional. "Os juízes precisam voltar ao debate público, e nada mais perfeito do que magistrados falando de suas experiências práticas e teóricas", reforçou o juiz de direito do Tribunal de Justiça de São Paulo e coordenador do livro Guilherme Dezem.

De acordo com o juiz federal Américo Bedê, o processo penal brasileiro é cada vez mais dividido entre aqueles que naturalizam a condenação de réus a qualquer custo e aqueles que sustentam que o processo penal é um meio de realização de justiça e satisfação da vítima. "É muito complexa a tarefa de reduzir a apenas essas duas correntes as posições que procuram explicar a razão de existir de um processo penal", observou o magistrado e coordenador da obra.

Também estiveram presentes no evento as ministras do STJ Assusete Magalhães e Regina Helena Costa e os ministros Jorge Mussi, Sérgio Kukina, Moura Ribeiro, Gurgel de Faria e Reynaldo Soares da Fonseca, além do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, entre outras autoridades.

Com mais de 16 anos de excelência, construímos uma base sólida de experiência para fornecer segurança e qualidade aos nossos clientes.