Debate virtual lançará cartilha sobre parentalidade na advocacia

Debate virtual lançará cartilha sobre parentalidade na advocacia

​​Dando continuidade à programação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dedicada ao Mês da Mulher, será promovido no dia 25 de março – em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o coletivo Elas Pedem Vista e com a consultoria Filhos no Currículo – o lançamento da cartilha Boas Práticas sobre Parentalidade na Advocacia, com a apresentação dos resultados do questionário "Experiências de parentalidade em tempos de pandemia".

O evento on-line será transmitido pelo canal do STJ no YouTube, a partir das 9h.

Na abertura da cerimônia, falará a ministra do STJ Assusete Magalhães. O presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, encerrará o evento.

Para a advogada Anna Maria da Trindade dos Reis, membro honorária do Elas Pedem Vista, o debate deve contribuir para a implantação de práticas que levem a uma melhor convivência de mães e pais nos seus trabalhos.

"A questão da parentalidade, no sentido mais amplo – maternidade e paternidade –, é um desses temas caros e que refletem diretamente na atuação das advogadas e profissionais do mundo jurídico", afirmou.

Boas ​​​​práticas

Em 2017, com o intuito de gerar conteúdo e debater a atuação feminina no mundo jurídico, um grupo de advogadas de Brasília criou o Elas Pedem Vista. A ideia do coletivo é contribuir para a discussão de temas sensíveis à sociedade, como a carreira das mulheres, a paridade de gênero e a participação feminina no Judiciário.

Ao perceberem a necessidade de novas práticas em relação à convivência entre mães, pais e filhos, duas advogadas cofundadoras do coletivo – Carol Caputo e Julia de Baére – decidiram escrever a cartilha Boas Práticas sobre Parentalidade na Advocacia.

A advogada Julia de Baére conta que a publicação foi inspirada em relatos de profissionais do mundo jurídico. "A cartilha que será lançada no dia 25 surgiu a partir de um evento que fizemos para tratar de experiências sobre advocacia e maternidade. Ouvimos relatos muito marcantes de advogadas que tiveram que abandonar a profissão porque ficou impossível conciliar o trabalho e o cuidado com a criança, além da incompreensão dos chefes com as ausências relacionadas à gestação e aos cuidados com a prole", explicou.

Segundo Carol Caputo, a cartilha contém uma série de boas práticas sobre parentalidade na advocacia, mas, atualmente, se mostrou a necessidade de avançar em um tema específico: o home office. "Com a pandemia, todo mundo está trabalhando de casa. Precisamos olhar para o home office e tentar entender como os pais estão conciliando essa questão de trabalho e filhos", observou.

Pes​​quisa

A partir dessa necessidade, Elas Pedem Vista fez uma parceria com a consultoria Filhos no Currículo para realizar uma pesquisa com mais de 600 participantes, todos do mundo jurídico, mapeando as necessidades de quem trabalha com o direito na jornada da parentalidade e no contexto da pandemia.

"É a partir de informação e dados que começamos um movimento de transformação cultural dentro das organizações. O primeiro passo nesse sentido é mapear, entender as dores e necessidades de quem trabalha nesse setor para transformar a cultura a partir de informação e dados", destacou Michelle Levy Terni, cofundadora da consultoria.

O estudo, que será apresentado durante o seminário virtual, deve inspirar a elaboração de uma segunda edição da cartilha, com diagnóstico e sugestão de ações para melhorar a experiência de quem trabalha no setor da advocacia e tem filhos.

Partici​​pantes​

Além da ministra Assusete Magalhães e do presidente do STJ, a programação do debate prevê a participação das advogadas Anna Maria da Trindade dos Reis, Carol Caputo, Julia de Baére, Daniela de Andrade Borges (presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB) e Cristiane Damasceno (representando a OAB/DF).

Também estarão presentes Carlos José da Silva, presidente do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa); Thiago Vitale Jayme, especialista em marketing da Torre Comunicações; e Michelle Levy Terni, da consultoria Filhos no Currículo.

Agenda ​2030

O STJ está comprometido com a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas, e tem pautado suas ações no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), fazendo as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro. As informações desta matéria estão relacionadas ao ODS 5. Igualdade de Gênero – Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.​​

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