Afrânio Vilela vê na conciliação e na tecnologia caminhos para desafogar a Justiça

Afrânio Vilela vê na conciliação e na tecnologia caminhos para desafogar a Justiça

Natural de Ibiá (MG), o desembargador Afrânio Vilela era integrante do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e agora vai fazer parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao lado do desembargador Teodoro Silva Santos e da advogada Daniela Teixeira, Vilela toma posse como ministro em cerimônia marcada para esta quarta-feira (22), às 17h.

O novo ministro chega ao Tribunal da Cidadania após 18 anos como desembargador do TJMG, corte na qual chegou a ocupar o cargo de vice-presidente. No STJ, ele vai assumir a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Jorge Mussi, em janeiro deste ano.

Da sua experiência de 35 anos de magistratura, Vilela traz a crença na conciliação como mecanismo permanente de solução de conflitos, mesmo nos tribunais superiores. Segundo ele, são louváveis as recentes iniciativas do STJ no âmbito da conciliação, a exemplo do acordo realizado com locadoras para proteger direitos de pessoas com deficiência.

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Com a lembrança de que "a conciliação ajudou na minha história no Judiciário", o desembargador destaca que, no âmbito do TJMG, sempre participou das iniciativas de promoção das soluções consensuais, a exemplo de um programa da corte mineira que aproximava os magistrados da comunidade na busca pela pacificação de litígios.

"Fizemos importantes acordos para pessoas que não tinham acesso ao Judiciário. Pequenos valores, grandes reparações de relações. Compúnhamos o litígio e recuperávamos a relação social dos envolvidos. Fazíamos a paz", lembra.

Celeridade na Justiça exige aplicação dos precedentes e uso adequado da IA

Para desafogar o Judiciário e aumentar a celeridade nos julgamentos, Afrânio Vilela acredita não apenas na busca de acordos judiciais e extrajudiciais, mas também no reforço à cultura judicial de aplicação dos precedentes e no aprimoramento das soluções tecnológicas, a exemplo da inteligência artificial (IA).

"Enquanto a máquina, por seu sistema, realiza esse trabalho repetitivo e sem criação, abre-se espaço e tempo para que julgadores e servidores se debrucem sobre as novas causas e aquelas que exigem o raciocínio humano. É questão de gestão estratégica do Judiciário", afirma o novo ministro.

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