Em seminário sobre segurança jurídica, presidente do STJ diz que PEC da Relevância vai fortalecer sistema de precedentes

Em seminário sobre segurança jurídica, presidente do STJ diz que PEC da Relevância vai fortalecer sistema de precedentes

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Humberto Martins, afirmou nesta segunda-feira (28) que a chamada PEC da Relevância – aprovada pelo Senado Federal – vai permitir ao Tribunal da Cidadania concentrar esforços nas grandes questões nacionais, que demandam a busca pela uniformização de entendimentos como meio de promoção da segurança jurídica no Brasil.​​​​​​​​​

O ministro Humberto Martins fala durante o seminário sobre segurança jurídica, desenvolvimento e resolução de conflitos, em São Paulo. | Foto: Emerson Leal/STJ
A declaração ocorreu em palestra proferida no seminário Segurança Jurídica, Desenvolvimento Econômico e Métodos Adequados de Resolução de Conflitos, evento realizado em São Paulo pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (Ieja) e pela câmara de arbitragem Mediation and Arbitration for Recovery and Business (Med Arb BR).

O encontro contou com a presença de dirigentes empresariais e autoridades do Poder Judiciário, como o ministro do STJ Luis Felipe Salomão e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux.

Na\r\nocasião, Humberto Martins assinou um acordo de cooperação técnica entre o CJF,\r\no Ieja e a Med Arb RB para a formação e o aperfeiçoamento de recursos humanos.

Precedentes do STJ aumentam a segurança jurídica

Em sua exposição, o presidente do STJ explicou a importância dos precedentes da corte para orientar a atuação das instâncias ordinárias, ampliando a segurança e a produtividade de suas decisões.

“Não\r\npode haver, para casos iguais, decisões diferentes. Para casos iguais, decisões\r\niguais. Esse é o princípio da isonomia, presente na jurisprudência e nas leis”,\r\nresumiu Humberto Martins.

O ministro reiterou que a segurança jurídica é fundamental para estimular a retomada do crescimento e do desenvolvimento econômico e social do país: "Não há planejamento econômico, em qualquer ramo de atividade, que subsista sem a necessária segurança jurídica".

Desafios para a solução de conflitos no pós-pandemia

O ministro Luis Felipe Salomão abordou o atual cenário dos métodos alternativos de resolução de conflitos no Brasil, em meio ao fenômeno que ele classificou como "judicialização patológica".

Salomão enalteceu a evolução legislativa no país em matéria de soluções extrajudiciais, com a edição de diplomas legais a exemplo da Lei de Mediação (Lei 13.140/2015), da nova Lei de Arbitragem (Lei 13.129/2015) e do atual Código de Processo de Civil (Lei 13.105/2015). "Tem várias formas de solução que desabrocham, hoje, no nosso país. Como eu disse, esse movimento começou atrasado, mas acho que vem buscando recuperar o tempo perdido", avaliou.

Ainda de acordo com o ministro, a pós-pandemia trará novos desafios ao direito empresarial em áreas como obrigações contratuais e atuação das agências reguladoras.


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